quinta-feira, 26 de maio de 2011

Irmã Dulce



26/05/1914, Salvador, (BA)

13/03/1992, Salvador, (BA)
 
 

http://www.irmadulce.org.br/ 
http://www.irmadulce.org.br/obrassociais/
 
 

 
Irmã Dulce, que ao nascer recebeu o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, era filha do dentista Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes.

Aos 13 anos, depois de visitar áreas carentes, acompanhada por uma tia, ela começou a manifestar o desejo de se dedicar à vida religiosa.
Com o consentimento da família e o apoio da irmã Dulcinha, foi transformando a casa da família num centro de atendimento a pessoas necessitadas.





Em 8 de fevereiro de 1933, logo após se formar professora, Maria Rita entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Em 15 de agosto de 1934, aos 20 anos de idade, foi ordenada freira, recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.
Sua primeira missão como freira foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação, na Cidade Baixa, em Salvador, região onde também dava assistência às comunidades pobres e onde viria a concentrar as principais atividades das Obras Sociais Irmã Dulce.






Em 1936, ela fundou a União Operária São Francisco. No ano seguinte, junto com Frei Hildebrando Kruthaup, abriu o Círculo Operário da Bahia, mantido com a arrecadação de três cinemas que ambos haviam construído através de doações. Em maio de 1939, irmã Dulce inaugurou o Colégio Santo Antônio, voltado para os operários e seus filhos.
No mesmo ano, por necessidade, Irmã Dulce invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar doentes que recolhia nas ruas. Mas foi expulsa do lugar e teve que peregrinar durante uma década, instalando os doentes em vários lugares, até transformar em albergue o galinheiro do Convento Santo Antônio, que mais tarde deu origem ao Hospital Santo Antônio, centro de um complexo médico, social e educacional que continua atendendo aos pobres.





Considerada um "Anjo bom" pelo povo baiano, recebeu também o apoio de pessoas de outros estados brasileiros e de personalidades internacionais. Mesmo com a saúde frágil, ela construiu e manteve uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país.



Em 1988, irmã Dulce foi indicada pelo então presidente José Sarney, com o apoio da rainha Silvia da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz. Oito anos antes, no dia 7 de julho de 1980, Irmã Dulce ouviu do Papa João Paulo 2o, na sua primeira visita ao país, o incentivo para prosseguir com a sua obra.





Os dois voltariam a se encontrar em 20 de outubro de 1991, na segunda visita do Papa ao Brasil, quando João Paulo 2o fez questão de ir ao Convento Santo Antônio visitar Irmã Dulce, já bastante enferma. Cinco meses depois, no dia 13 de março de 1992, Irmã Dulce morreu, pouco antes de completar 78 anos. No ano 2000 foi distinguida pelo papa João Paulo 2o com o título de Serva de Deus.
 

 
 
O processo de beatificação de irmã Dulce está tramitando na Congregação das Causas dos Santos do Vaticano.
Irmã Dulce, que ao nascer recebeu o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, era filha do dentista Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes.




Após dez anos de mistério, foram finalmente divulgados no final da manhã desta sexta-feira (13), dia de Nossa Senhora de Fátima, os detalhes sobre o milagre que conferiu à freira baiana irmã Dulce o título de beata, a ser oficializado no próximo dia 22, em Salvador. A sergipana Claudia Cristina dos Santos, 41, moradora de Malhador, a 50 km de Aracaju, é a “miraculada” (nome dado à pessoa que recebe um milagre).

Segundo o padre José Almir de Menezes, Cláudia alcançou a graça em 10 de janeiro de 2001, após ser desenganada pelos médicos, quando deu à luz, na Casa de Saúde e Maternidade São José, da cidade de Itabaiana (SE), o seu segundo filho, Gabriel. Após o parto normal, Cláudia foi acometida por uma forte hemorragia que os médicos não conseguiam estancar.
De acordo com os relatos, o médico responsável chegou a colocar compressas para conter o sangramento, e, num período de 18 horas, a paciente foi submetida a três cirurgias, sem sucesso, sendo desenganada. Por isso, a sua recuperação surpreendente é inexplicada pela medicina.
O padre José Almir, que mora na cidade de Nossa Senhora das Dores (SE), foi peça-chave no suposto milagre. Foi ele quem pediu a intercessão da freira sobre o caso de Cláudia. Ao tomar conhecimento da condição da paciente, o padre foi visitá-la para ministrar-lhe a unção dos enfermos.
“Eu perguntei a ela se acreditava que irmã Dulce poderia salvá-la, ela respondeu que sim, por isso pedi à freira que intercedesse pela vida de Cláudia”, conta o padre, que, já em casa, foi informado sobre a melhora do quadro de saúde da mulher, com a suspensão do sangramento.
Ela foi conduzida logo depois para a UTI de um hospital em Aracaju, onde passou por mais uma cirurgia para retirada das compressas. Segundo padre Almir, cerca de três dias depois Cláudia teria recebido alta hospitalar.
O médico Sandro Barral, do Hospital Santo Antonio, que integra as Obras Sociais de Irmã Dulce, disse que o caso foi analisado por mais de dez peritos brasileiros e seis italianos. “Ninguém conseguiu, do ponto de vista da nossa especialidade, explicar o porquê daquela melhora, de forma tão rápida, numa condição tão adversa”, afirmou. Barral também participou das análises periciais.


Beatificação






O processo de beatificação de Irmã Dulce começou a tramitar na Congregação das Causas dos Santos, do Vaticano, em junho de 2001. O milagre, porém, somente foi reconhecido pelo papa Bento 16 em dezembro do ano passado.
A expectativa dos organizadores para a grande festa que está sendo preparada é reunir cerca de 70 mil pessoas na tarde do dia 22, no Parque de Exposições da Bahia, em Salvador, que terá os portões abertos ao meio-dia. Os ingressos estão sendo distribuídos nas paróquias de todo o Estado.
Às 14h, haverá apresentação artística com cerca de 700 alunos do Centro Educacional Santo Antônio, contando a vida e a obra de irmã Dulce. A missa começa às 17h. Cerca de 500 sacerdotes estarão entre os participantes. Uma foto de irmã Dulce ficará à direita de quem olha para o palco, mas só será descerrada durante o rito religioso.
A partir de então, o "Anjo Bom" da Bahia estará a um passo de ser elevada aos altares, na condição de santa. Para tanto, será necessária a confirmação de mais dois milagres, embora os relatos de cura já se espalhem por várias partes do país.



Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/05/13/milagre-de-irma-dulce-e-revelado-em-detalhes-apos-10-anos.jhtm

Nenhum comentário:

Postar um comentário